domingo, 4 de março de 2012

Até onde sou eu e a partir de onde é você?



Cada vez mais fica difícil pra nós separar um tempo pra refletir, analisar e ponderar nossas atitudes e a dos outros nas circuntâncias trazidas pelo curso natural da vida.

Uma coisa sou eu , outra coisa é o outro. E outra coisa, ainda, é o "todo".

A vida passa tão rápido que não percebemos como vamos adiquirindo novos hábitos, novas formas de ver e viver...tudo fica meio acelerado e atropelado.

Estava observando os caminhos do viver e percebi que o equilíbrio é, talvez, o bem mais precioso pra alcançar um nível de compreensão elevado da nossa jornada efêmera aqui na Terra.

Equilíbrio.

Uns são muito egoístas, outros muito altruístas, uns muito ativos, outros muito passivos, uns muito falantes, outros muito calados, uns muito ousados, outros muito tímidos, temerosos. Quando junta toda essa variedade de características humanas mais o excesso de indução midiática ao ativismo, mais nossa cobrança interna, mais a cobrança externa incluindo comparações com o(s) outro (s), nossa cabeça vai a mil e se você não souber exatamente quem você é em sua totalidade, vai acabar perdendo virtudes que não devia perder e ganhando defeitos que não deveria ganhar.

Quando eu era criança até uma certa parte da minha adolescência, eu podia ser considerada uma das garotas mais ativas e velozes do meu cotidiano. Fazia mil coisas ao mesmo tempo e não conseguia entender porquê o mundo era tão devagar. Chegav, inclusive, a machucar pessoas que tinham um ritmo diferente do meu.

Depois a vida me presenteou com pessoas que eram bem metódicas, suaves e de uma certa forma "lentas". Passei a observar que elas transmitiam serenidade, tranquilidade sem agressividade de tempo, sem a "pressão da pressa". Dava até agonia, às vezes. Porém, observei que a qualidade de vida dessas pessoas era diferente. Elas sabiam respeitar os próprios limites. Tinham a hora certa pra dormir, acordar, comer, estudar, planejar, visitar, executar, telefonar, malhar, e, contudo, parecia que nem tinham tanta coisa assim pra fazer porque o ritmo era suave. Eu ficava perguntando pra mim mesma: como esta pessoa consegue ser tão eficaz e lenta ao mesmo tempo?

Aí de pois de um bom tempo, notei que eu tinha deixado de andar em 120 Km pra andar em 40 Km, 60 Km. Opa! Extremos!

De um lado estava eu e minha velocidade. Do outro estava o outro e a velocidade dele. E em algum lugar ainda estava o "todo", ou seja, o que os outros dizem, o que a mídia diz, o que minha família diz, meus amigos, meu cônjugue, minha igreja, meu líder, meu chefe...aff!

Como encontrar a verdade e o equilíbrio no meio de tanta informação?

Primeiro, tem gente que vai morrer do jeito nasceu e ninguém muda isso, porque a pessoa, por algum motivo, nunca vai mudar, nem pra melhor, nem pra pior. Neste caso, eu devo respeitar o outro. E, se eu for esta pessoa, devo me respeitar, já que não quero mudar.

Segundo, se existe um interesse em atingir o equilíbrio, eu ajudo a encontrar tanto em mim, quanto no outro. Agora, o segredo está na compreensão desse ato, na hora em que ele acontece.

Na prática funciona assim: Quero fazer duas Pós-Graduações, mas não consigo dar conta nem do que já tenho pra fazer!

Extremo: Não faço nenhuma!, ou, Faço as duas e "Deus proverá" o que já tenho pra fazer!

Equilíbrio: Faço uma agora e a outra depois que terminar esta. Organizo meu tempo abrindo mão de alguns ladrões de tempo. E minha qualidade de vida aumentará.

Tem gente que tem várias graduações, pós, mestrado, etc.. e não sabe nem o básico da cada coisa que fez, porque, quando fez, estava envolvido em várias atividades ao mesmo tempo. As pessoas mais profundas e exímias que conheço, faziam uma coisa de cada vez ou até mais coisas de cada vez, de acordo com o tempo que tinham disponível pra determindada atividade.

Precisamos afiar o machado, e não aumentar as horas de trabalho na tentativa de cortar o maior número de árvores possível com o machado "cego".

Mas, se por algum motivo, alguém não quer o equilíbrio, no mínimo deve respeito a quem o quer!

Se andar em 100 Km/h é muito devagar, então assuma o risco de andar em 140, 160 Km/h sem machucar quem está no banco do passageiro, ou nos outros veículos da pista, afinal, não só tem a gente na estrada! Isso se chama MATURIDADE!


" Mas nós, que somos fortes, devemos suportar a fraqueza dos fracos e não agradar a nós mesmos" Rm 15.1.

Amo a cada um de vocês!

4 comentários:

yasmin disse...

É ISSO MESMO SARAH ENQUANTO UNS SÃO LENTOS A GENTE TEM QUE SER USADA NAS MÃOS DO SENHOR.E ESPERO QUE VOCÊ SEJA MUITO USADA,UNGIDA,SERVA VALOROSA,ABENÇOADA E ESSA PESSOA GENTIL E HUMILDE QUE VOCÊ É E JAMAIS HUMILHANDO OS PROXIMOS.BJUSS E QUE DEUS CONTINUE TE ABENÇOANDO PODEROSAMENTE A SUA VIDA,A VIDA DO SEU ESPOSO E SEUS FAMILIARES

Mary e Neemias disse...

kkkkk estas coisas tu tiras das tuas viagens né? kkkk dirigindo e viajando nos pensamentos kkk amuu

3k MÍDIDAS disse...

Parabéns, irmã, pelo post. Ótima e oportuna reflexão.
www.semirlira.blogspot.com

António Je. Batalha disse...

Estive a ver algumas coisas em seu blog. Desejo deixar um convite, tenho um blog com o nome de Peregrino e Servo. Meu nome é Antonio Batalha sou portugues. Se desejar fazer parte, eu ficaria radiante em que fizesse parte dos meus amigos virtuais, isto é, não quero que se sinta coagido a faze-lo mas apenas se deseja. Se achar que não merece a pena fico-lhe grato na mesma. Decerto irei retribuir seguindo o seu blog também. Um obrigado.